
E The King Of Fighters chega a sua décima segunda versão. Após muitos adiamentos, vários vídeos promissores, remodelagem e reconstrução de movimentos totalmente do zero, o game da SNK desembarca aos consoles Playstation 3 e X-Box 360. Porém o game é tão cheio de falhas e tão mal acabado que a única sensação ao jogar o game é de total decepção.
Nenhum game de luta lançado até hoje foi tão inovador quanto Street Fighter e The King Of Fighters, o último sobretudo por inovar com lutas em trios e por misturar vários protagonistas de games da SNK, como Fatal Fury, Ikaru Warriors, Psycho Soldiers e Art Of Fighting, além é claro do enredo envolvente e complexo para um game de luta. Lembram das versões entre 96 e 99? Fliperamas com filas esperando nossas fichas, disputas alucinadas e sempre uma ansiedade imensa esperando as novas versões para ver quais seriam os cenários, como giraria a história e como seria a "escalação" dos times?
É verdade que as constantes crises financeiras da SNK, inclusive sendo rebatizada de SNK Playmore colaboraram e muito para a decadência da série ao longo dos anos, principalmente após a versão 2001, mas um certo nível de padrões sempre foi mantido em toda a saga e parecia estar voltando aos trilhos com a boa versão de King Of Fighters XI. Entretanto o game que prometia ser totalmente reformulado, ficou em sua maioria apenas na promessa.
A primeira grande mudança que você notará no game está no visual. Finalmente, pra não dizer "Aleluia!", a SNK resolveu refazer todos os sprites dos seus personagens, deixando de lado os já batidos sprites que se arrastavam desde a versão de 1996. A princípio uma "idéia" bem vinda, apesar de ter demorado anos para ser posta em prática. Jóia" Belezura! Ponto positivo para a SNK? Mais ou menos. Os gráficos ficaram realmente belos, os personagens possuem muitos movimentos, com vários e vários quadros de animação nos golpes especiais ou nas simples provocações dos personagens. Porém isso tudo vai por água abaixo quando você tenta jogar o game numa TV de alta resolução, simplesmente os serrilhados tomam conta dos cenários e dos personagens, mesmo com o filtro de três níveis disponibilizado no game para tentar contornar este problema, tremenda mancada da SNK.
Os cenários em si são muito bonitos, com várias movimentações e também apresentam alguns elementos 3D, como o dirigível no cenário do estádio, ou chuva de papel picado, ou flashes de câmeras fotográficas ou ainda a própria torcida. Mas novamente temos outro problema, o game apresenta apenas 4 cenários, isso mesmo apenas quatro e um deles ainda é o cenário do estádio com uma variação noturna.
Quanto ao design dos personagens, também existem prós e contras. Primeiramente os personagens estão muito grandes na tela, ocupando bem o cenário. Mas não se deixa de estranhar a "largura" de alguns personagens. Terry e Andy Bogard estão muito grandes, bombados mesmo, enquanto Joe aparece magricela. Athena foi redesenhada para parecer mais jovem, uma menininha, e é a única personagem que acabou levando um tom de anime. Mas o que foi de espantar, de deixar de queixo caído mesmo foram Ralf e Clark, os dois Ikari Warriors estão absolutamente irreconhecíveis de tanta bomba que parecem terem tomado, simplesmente grotesco.
Quanto ao elenco desta versão, talvez outra decepção, são apenas 20 personagens a disposição, a menor de todas as versões lançadas, menos até que o KOF94. A idéia de times predefinidos também foi por água abaixo. Se estão presentes Terry, Joe e Andy pra formar um trio, Ryo e Robert não possuem um terceiro membro de Art Of Fighting para completar o trio. Nessas alturas você já deve ter percebido: peraí se há times incompletos como fica o storyline das equipes? Muito simples meu caro gafanhoto, não há storyline nesta versão, tanto que o game não apresenta nem sequer um chefão, dando a idéia deste game ser um "Dream Match", mas um Dream Match com apenas 20 personagens também não é de se engolir. Completam o elenco de personagens: Kyo, Ash, Iori, Athena, Leona, Kim, Chin, Kensou, Raiden, Duo Long, Shen, Goro e Benimaru. Nada de Yuri, Billy Kane, Shingo ou Mai neste KOFXII.
Falando de gameplay, ele está muito bom, a idéia básica das várias versões continua aqui. São quatro botões de golpes um para soco fraco, outo para chute fraco, outro para soco forte e outro para chute forte. Também com esses quatro botões podem se realizar ações como agarrões, esquiva e um golpe mais forte que pode ser carregado, esquema muito similar ao "Focus Attack" de Street Fighter IV. O superpulo continua presente e a barra de especiais carrega conforme os golpes desferidos e recebidos por seu personagem. Também foi mantido o golpe "Desperate" que usa a barra inferior e pode causar muito dano, porém nesta versão pode ser aplicada por qualquer personagem do time não apenas pelo líder como nas outras versões de KOF. Algumas inovações das versões anteriores de KOF foram removidas, como strikers, corrida e o carregamento manual da barra de especiais. Há um novo sistema batizado de "critical counter" que consta de uma barra verde que ao se completar permite ao jogador "emendar" vários e vários movimentos que normalmente não poderiam ser encaixados num combo. Isso pareceu desequilibrar as lutas em vários momentos. Por fim, uma idéia bem bacana introduzida aqui é o sistema "Sousai", que nada mais é do que um sistema que age quando dois golpes de mesma intensidade se chocam ao mesmo tempo, gerando um efeito visual de impacto que faz com que os personagens recuem alguns passos para trás, sem danos a nenhum dos lados.
Para os mais conservadores da série, muitos dos movimentos já clássicos foram removidos, de todos os personagens, ninguém fugiu da perda de um ou outro golpe, Terry perdeu seu Power Dunk, mas a mais notável mudança ficou em Iori, totalmente remodelado, perdeu sua magia projétil e também seu antiáreo, pra resumir ele está sem o poder das chamas dos Yagami. Lógico que isso se deve a história, já que Iori teve seus poderes roubados por Ash em KOFXI. Mas se não há história para contar no game então por quê sacrificar tanto Iori?
O som mantém o padrão das versões 2003 e XI, ou seja não tão bons quanto as versões da década de 90, mas são superiores as versões sofríveis de 2001. Os diálogos foram dublados e você pode optar pela versão japonesa que ficou muito boa, e a versão americana, onde o principal problema e a sensação "Fucker and Sucker", lábios totalmente dessincronizados com as falas. As músicas são boas mas não existem mais músicas exclusivas de alguns personagens, ou seja, nada de Esaka ou Arashi no Saxophone. Mas como tudo não é perfeito, nos sons de golpes parece que os lutadores continuam a socar caixas de papelão.
O único modo single player presente no game é o modo arcade, além de possuir apenas quatro estágios, de não possuir um chefão, ainda apresenta uma inteligência artificial superficial. Mesmo no modo normal o computador recebe golpes sem pestanejar, até mesmo projéteis lentos eles não se esquivam ou se defendem. Nunca houve um KOF tão fácil assim.
O modo multiplayer não merece detalhes, é simplesmente horrível, uma experiência única de “injogabilidade”. Primeiramente o game recebe um patch de mais de 700MB e os lags continuam aterrorizantes. Em 90% do tempo não há boas respostas ou qualidade neste modo. As artworks que só são liberadas por este modo, não sairão tão cedo do armário.
Pra finalizar The King Of Fighters XII não faz jus ao nome que carrega pela enorme gama de imperfeições presentes. Se o gameplay ficou bom e os sprites foram redesenhados, muito se ficou devendo do game quanto ao modo multiplayer, aos poucos cenários, aos poucos personagens, a ausência de história e de um chefão final, as poucas lutas no modo arcade, e a estranha "bombada" de alguns personagens. O game pela sua história não merecia tal tratamento, afinal Terry, Ryo, Iori e os demais foram por muitos anos os preferidos dos games de luta, rivalizando com Street Fighter. Que Geese Howard levante da tumba mais uma vez e assuma as rédeas na SNK.
Power Geeeeiiiiserrr!
Nenhum game de luta lançado até hoje foi tão inovador quanto Street Fighter e The King Of Fighters, o último sobretudo por inovar com lutas em trios e por misturar vários protagonistas de games da SNK, como Fatal Fury, Ikaru Warriors, Psycho Soldiers e Art Of Fighting, além é claro do enredo envolvente e complexo para um game de luta. Lembram das versões entre 96 e 99? Fliperamas com filas esperando nossas fichas, disputas alucinadas e sempre uma ansiedade imensa esperando as novas versões para ver quais seriam os cenários, como giraria a história e como seria a "escalação" dos times?
É verdade que as constantes crises financeiras da SNK, inclusive sendo rebatizada de SNK Playmore colaboraram e muito para a decadência da série ao longo dos anos, principalmente após a versão 2001, mas um certo nível de padrões sempre foi mantido em toda a saga e parecia estar voltando aos trilhos com a boa versão de King Of Fighters XI. Entretanto o game que prometia ser totalmente reformulado, ficou em sua maioria apenas na promessa.
A primeira grande mudança que você notará no game está no visual. Finalmente, pra não dizer "Aleluia!", a SNK resolveu refazer todos os sprites dos seus personagens, deixando de lado os já batidos sprites que se arrastavam desde a versão de 1996. A princípio uma "idéia" bem vinda, apesar de ter demorado anos para ser posta em prática. Jóia" Belezura! Ponto positivo para a SNK? Mais ou menos. Os gráficos ficaram realmente belos, os personagens possuem muitos movimentos, com vários e vários quadros de animação nos golpes especiais ou nas simples provocações dos personagens. Porém isso tudo vai por água abaixo quando você tenta jogar o game numa TV de alta resolução, simplesmente os serrilhados tomam conta dos cenários e dos personagens, mesmo com o filtro de três níveis disponibilizado no game para tentar contornar este problema, tremenda mancada da SNK.
Os cenários em si são muito bonitos, com várias movimentações e também apresentam alguns elementos 3D, como o dirigível no cenário do estádio, ou chuva de papel picado, ou flashes de câmeras fotográficas ou ainda a própria torcida. Mas novamente temos outro problema, o game apresenta apenas 4 cenários, isso mesmo apenas quatro e um deles ainda é o cenário do estádio com uma variação noturna.
Quanto ao design dos personagens, também existem prós e contras. Primeiramente os personagens estão muito grandes na tela, ocupando bem o cenário. Mas não se deixa de estranhar a "largura" de alguns personagens. Terry e Andy Bogard estão muito grandes, bombados mesmo, enquanto Joe aparece magricela. Athena foi redesenhada para parecer mais jovem, uma menininha, e é a única personagem que acabou levando um tom de anime. Mas o que foi de espantar, de deixar de queixo caído mesmo foram Ralf e Clark, os dois Ikari Warriors estão absolutamente irreconhecíveis de tanta bomba que parecem terem tomado, simplesmente grotesco.
Quanto ao elenco desta versão, talvez outra decepção, são apenas 20 personagens a disposição, a menor de todas as versões lançadas, menos até que o KOF94. A idéia de times predefinidos também foi por água abaixo. Se estão presentes Terry, Joe e Andy pra formar um trio, Ryo e Robert não possuem um terceiro membro de Art Of Fighting para completar o trio. Nessas alturas você já deve ter percebido: peraí se há times incompletos como fica o storyline das equipes? Muito simples meu caro gafanhoto, não há storyline nesta versão, tanto que o game não apresenta nem sequer um chefão, dando a idéia deste game ser um "Dream Match", mas um Dream Match com apenas 20 personagens também não é de se engolir. Completam o elenco de personagens: Kyo, Ash, Iori, Athena, Leona, Kim, Chin, Kensou, Raiden, Duo Long, Shen, Goro e Benimaru. Nada de Yuri, Billy Kane, Shingo ou Mai neste KOFXII.
Falando de gameplay, ele está muito bom, a idéia básica das várias versões continua aqui. São quatro botões de golpes um para soco fraco, outo para chute fraco, outro para soco forte e outro para chute forte. Também com esses quatro botões podem se realizar ações como agarrões, esquiva e um golpe mais forte que pode ser carregado, esquema muito similar ao "Focus Attack" de Street Fighter IV. O superpulo continua presente e a barra de especiais carrega conforme os golpes desferidos e recebidos por seu personagem. Também foi mantido o golpe "Desperate" que usa a barra inferior e pode causar muito dano, porém nesta versão pode ser aplicada por qualquer personagem do time não apenas pelo líder como nas outras versões de KOF. Algumas inovações das versões anteriores de KOF foram removidas, como strikers, corrida e o carregamento manual da barra de especiais. Há um novo sistema batizado de "critical counter" que consta de uma barra verde que ao se completar permite ao jogador "emendar" vários e vários movimentos que normalmente não poderiam ser encaixados num combo. Isso pareceu desequilibrar as lutas em vários momentos. Por fim, uma idéia bem bacana introduzida aqui é o sistema "Sousai", que nada mais é do que um sistema que age quando dois golpes de mesma intensidade se chocam ao mesmo tempo, gerando um efeito visual de impacto que faz com que os personagens recuem alguns passos para trás, sem danos a nenhum dos lados.
Para os mais conservadores da série, muitos dos movimentos já clássicos foram removidos, de todos os personagens, ninguém fugiu da perda de um ou outro golpe, Terry perdeu seu Power Dunk, mas a mais notável mudança ficou em Iori, totalmente remodelado, perdeu sua magia projétil e também seu antiáreo, pra resumir ele está sem o poder das chamas dos Yagami. Lógico que isso se deve a história, já que Iori teve seus poderes roubados por Ash em KOFXI. Mas se não há história para contar no game então por quê sacrificar tanto Iori?
O som mantém o padrão das versões 2003 e XI, ou seja não tão bons quanto as versões da década de 90, mas são superiores as versões sofríveis de 2001. Os diálogos foram dublados e você pode optar pela versão japonesa que ficou muito boa, e a versão americana, onde o principal problema e a sensação "Fucker and Sucker", lábios totalmente dessincronizados com as falas. As músicas são boas mas não existem mais músicas exclusivas de alguns personagens, ou seja, nada de Esaka ou Arashi no Saxophone. Mas como tudo não é perfeito, nos sons de golpes parece que os lutadores continuam a socar caixas de papelão.
O único modo single player presente no game é o modo arcade, além de possuir apenas quatro estágios, de não possuir um chefão, ainda apresenta uma inteligência artificial superficial. Mesmo no modo normal o computador recebe golpes sem pestanejar, até mesmo projéteis lentos eles não se esquivam ou se defendem. Nunca houve um KOF tão fácil assim.
O modo multiplayer não merece detalhes, é simplesmente horrível, uma experiência única de “injogabilidade”. Primeiramente o game recebe um patch de mais de 700MB e os lags continuam aterrorizantes. Em 90% do tempo não há boas respostas ou qualidade neste modo. As artworks que só são liberadas por este modo, não sairão tão cedo do armário.
Pra finalizar The King Of Fighters XII não faz jus ao nome que carrega pela enorme gama de imperfeições presentes. Se o gameplay ficou bom e os sprites foram redesenhados, muito se ficou devendo do game quanto ao modo multiplayer, aos poucos cenários, aos poucos personagens, a ausência de história e de um chefão final, as poucas lutas no modo arcade, e a estranha "bombada" de alguns personagens. O game pela sua história não merecia tal tratamento, afinal Terry, Ryo, Iori e os demais foram por muitos anos os preferidos dos games de luta, rivalizando com Street Fighter. Que Geese Howard levante da tumba mais uma vez e assuma as rédeas na SNK.
Power Geeeeiiiiserrr!
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